terça-feira, 23 de dezembro de 2008

é isso que ficar no trabalho faz... vendo e ouvindo los hermanos, claro!

"eu tento, eu penso.
penso no que consigo.
se eu me apaixonar por você,
você entra nessa comigo?
vou tentando de mil jeitos me acertar,
mas só acerto nos meus erros,
e não me canso de errar.
e se eu te amasse,
você ia se assustar?
num clarão de relâmpago no céu
fica certo como seus olhos combinam com você.
parece até que eu perdi o véu
que não me deixava te perder.
se eu segurasse sua mão,
você ia me dizer não?
eu falo, mais do que precisava,
menos sobre o que gostaria.
e se eu estivesse deitada,
você me beijaria?
não sou feita de pano,
nem de cimento.
sou pura carne de ser humano,
e sou muito mais sentimento.
se eu pedisse abrigo,
você me dava seu peito?"

-1.


"quem me dera eu fosse como tu és,
não me importaria mais nada,
estaria sempre de pé.
a vida passa tão rápido,
e eu sinto como se fosse um rapto
da minha eternidade.
você é a ternura em pessoa,
me faz contemplar o quão a vida é boa,
e quanto há de verdade.
surpreendente como você provoca
um sorriso a qualquer hora
quando surge na minha realidade.

eu sinto em você
o pedaço que faltava outrora,
quando nada era aurora,
era tudo entardecer."

-2.

(juro que é a última :) )

"a minha eternidade mais profunda
só existe por causa da calma absurda
que vem.
vem e nem pede licença
toma minha mão e me joga na mesa.
eu não ligo,
nem me admiro,
já era de se esperar.
a gente só permite o que se permite gostar.
eu deixei a leveza tomar conta.
invadir e me deixar tonta.
eu finjo que não ligo, mas não deixo de sonhar contigo.
talvez seja a falta de pudor,
ou o medo que não mais está.
eu quero amor,
não quero pensar.
pensar cansa e o cansaço leva à desistência.
não quero desistir nunca, eu quero é perder a cabeça!"

-3.


todos por mim, todos presos à um amor.
que invade e nem tem nome.
isso que é legal.
:)


(tava com saudades de conseguir escrever alguma coisa)
beijos, feliz natal e próspero ano novo.

terça-feira, 4 de março de 2008

Descomplique!

Eu gosto de falar.

Falar até dar cãimbra na língua, gosto de falar até doer o maxilar, até secar a boca, até morrer.

Gosto de falar, de argumentar, de mostrar o meu lado, de aceitar o do interlocutor.

Eu choro.

Eu choro com toda a minha alma, choro como se fosse o funeral da minha mãe, e as vezes acho um desperdício ridículo chorar como se fosse mesmo o funeral dela, porque o dia que ele chegar, o meu choro não será tão valorizado por eu já tê-lo chorado pelas injustiças mínimas dessa vida.


"Vocês dão valor tão maior pra coisas tão pequenas".

DES-COM-PLI-CAR. Ai, é tão fácil assim que você aprende como se faz!
Entender que o mundo erra. Você erra, seu melhor amigo erra, claro que ele vai te ferir, claro que você vai ferir.
O mundo se importa demais com as hipocrisias dele mesmo. É muita ignorância reclusa. Muita ignorância enrustida.

Muita falta do que fazer escancarada. Sem medo ou pudor, a gente reclama pelos cotovelos das injustiças, assumimos que não somos perfeitos, mas que sempre tudo dá errado com a gente. Pode até ser. Mas é porque a gente liga demais.

Entender que errar é humano, é ótimo. Evitar seus próprios erros, é muito melhor.

Sabe aquela famosa história de "Ligar o Foda-se"?
É mais ou menos assim que funciona. Quando você "desencana", quando você gosta de si mesmo, quando você se perdoa, quando você tá de bom com o mundo, e despreocupada com tudo, as coisas fluem. Elas acontecem.

Beijo lovers.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Eu vejo.

Eu vejo os dias passando pelo calendário na minha cartela de pílulas.
É como, se a cada manhã, num movimento automático, eu engolisse com um gole de água, o dia anterior, sentindo novamente todos os sabores vividos.
Um pequeno ritual íntimo, simbólico demais, e que eu nunca tinha parado para pensar até então.

Minha vida mudou. Hoje eu me olho no espelho, e penso:
"-Não, eu não posso ter 17 anos! Impossível!".
Mas aí então, eu relembro algumas passagens da minha vida, os 2 últimos anos, e penso novamente:
"-Mas sinto como se já tivesse 22!".

Aquele pequeno pedaço amarelo de hormônio, que fica ambalado por um dia da semana, quando é destacado dos demais da cartela/calendário, é observado pelos meus olhos atentos como se fosse um álbum de fotos, uma TV, com um DVD acoplado, passando o dia anterior como em um trailer de cinema.
As vezes o gosto desce amargo, as vezes salgado pelas lágrimas, algumas vezes desce azedo pelos desgostos, mas ultimamente, têm descido de forma doce, suave, como se fossem docinhos de festa.

E além de serem remédios, são as minhas contas de dias, as provas de que o sol nasceu, se pôs, mesmo que eu tenho assistido ao espetáculo de vê-lo nascendo na manhã que passou.
Eu sempre me agarrei a figurativos para explicar meus sonhos, minha vida, minha rotina.

E que a cartelinha verde, com algumas abreviações de dias da semana escritos minúsculamente em seu topo, que me acompanha pelas manhãs, tenha sempre, junto com um gole de água, mais pílulas de lembranças boas , e que delas, só extraia as coisas boas.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

...

Coloque uma roupa. Uma roupa qualquer, escolha com os seus olhos fechados se achar melhor. Encha uma cesta com algumas guloseimas, muito carboidrato, muita coisa saborosa.
Coloque dentro de um isopor, desses de levar para acampamentos, bebidas. Dentre elas, coloque uma garrafa de cerveja, bem gelada. O resto, você pode escolher.
Chegue de carro, de ônibus, não me importa.
Bata na minha porta, toque minha campainha, qualquer coisa que faça eu ir atendê-lo serve.
Abra um sorriso, porque acredite, eu vou abrir um sorriso mágico. Jogue as cestas no chão e acate o meu abraço caloroso. Eu vou querer ser muito abraçada.
Após um tempo de silêncio, eu estarei chocada, estasiada, então você terá que pedir pra que eu convide você para entrar. Eu vou fazê-lo, com um sorriso cada vez mais encantador e infantil nos lábios.
Vou pedir pra você se sentar, e vou esperar você propor um passeio.
Após aceitar seu convite, eu vou pedir licensa, pedir que você fique à vontade e vou anunciar minha ida ao banho.
Durante a ducha, vou entrar em transe, hipnose, vou tentar imaginar o porque de merecer essa visita e vou desejar com todas as minhas forças que tudo saia simplesmente perfeito.
Vou colocar uma roupa bonita, que combine com a sua, vou passar um perfume doce e marcante, colocarei sapatos confortáveis, sem jamais tirar ou diminuir o sorriso do rosto.
Sairemos, como bons amigos, conversaremos sobre coisas fúteis, sobre coisas importantes, viveremos novamente dias que fomos felizes, que demos risada, que dividimos.
Comeremos as bobagens, tomaremos as suas escolhas, que não serão nada más. E eu ficarei demasiadamente feliz quando ver que a cerveja que você trouxe é a minha preferida. E ainda ficarei mais feliz porque você vai dizer: - eu sei que é a sua preferida!
O vento estará batendo no nosso rosto, o dia estará lindo.
E depois de guardarmos tudo no carro, eu lhe ofereço uma goma de mascar, e nós andamos sem rumo, falando coisas que não têm importância, coisas ligeiramente nostálgicas.
Você então, faz a parte que eu mais gosto. Para do meu lado, e senta e me puxa pela mão.
Eu sento ao seu lado e sinto uma brisa quente, uma felicidade maior que tudo.
Você fala comigo penetrando os seus olhos nos meus e me segurando as mãos. Eu me perco nos seus olhos e por um instante não entendo nada do que você está falando.
Só sinto minhas bochechas salpicarem de uma or avermelhada, e inflamarem, quando sinto sua boa vindo de encontro à minha.
Eu fecho os olhos e é como se toda a felicidade do mundo penetrasse cada milímetro do meu corpo, como se me completassem, fazendo uma nova camada, um novo interior.
A energia flui, e pelos seus lábios e por suas mãos é como se eu trocasse uma energia maravilhosa com você!
Perfeito!
Minhas bochechas logo vão voltando à sua pigmentação original. Meu sorriso, esse sim, só cresce. Não sei o que falar, faltam palavras na verdade. Mas sobra, sobra muita felicidade.
Você levanta, diz que não gostaria, mas que precisa ir. Me leva em casa, diz que vai ligar, me dá mais um beijo doce, olha novamente nos meus olhos como quem quer fazer uma troca do tipo: "me dá um pouco de você pra eu levar comigo, e eu deixo um pouco de mim pra você".
E eu estarei disposta a dar todos os meus pedaços à você.
Eu te amarei.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Olha o tempo

Olha o tempo correndo por entre nossas vidas... Tão cheias e tão vazias.
O tempo que passa, uma hora, um dia, uma semana, um mês, UM ANO.

Hoje, é dia de um ano.
Um ano de amor que eu sei que ajudei a construir. Duas vidas que se encontraram e que se completaram de tal maneira formidável, que eu nem sei explicar.
Dois amigos dos quais eu desejo e luto pela felicidade.

Mas o tempo, esse sim... Prega peças.
Eu nasci. E como se tivesse piscado, eu já estava na escolinha, com 7 anos.
Não lembro de praticamente nada, é como se fosse sequelada desde cedo, rs.

Quarta, quinta série, muitas mudanças, chegar na oitava série seria como atingir o grau máximo. E nem foi lá aquelas coisas.
Primeiro ano, dificuldades, repeti...
Segundo primeiro ano, o melhor da minha vida.
Muita gente, muita coisa nova, muitas experiências inesquecíveis, festa todos os dias, delícia de vida basicamente.

E eu cresci, mudei, drasticamente, assim como já era de se esperar.
Minha essência sempre foi a mesma, sempre tentei manter minhas bases, criar raízes, ser o que sempre fui...
Mas evoluí, acho que me tornei e continuo me tornando uma pessoa melhor... Talvez seja só pretensão.

O tempo é o onipotente, oniciente, onipresente. Tudo gira em torno dele, tudo é composto do tempo.
As vezes tão cruel, as vezes tão companheiro.
O relógio que você adianta pra não perder a hora, o que você atrasa pra achar que tudo passa mais rápido...

E agora eu vou dormir, porque o tempo tá passando e eu preciso acordar cedo amanhã.
rs.