Eu odeio mudar de humor de uma hora pra outra, assim, "do nada"!
É como se eu fosse desequilibrada, como se não tivesse bases concretas, se eu não tenho oder sobre meus sentimentos, como terei controle da minha vida? Isso me deixa com uma mudança de humor repentino ainda mais brutal.
Eu odeio ainda mais sentir ciúmes, na verdade é isso que (nesse caso), me levou a mudar repentinamente de humor. Mas isso não é assunto pra agora, não quero contar segredos e abrir minha vida logo no meu segundo post neste blog, vocês acharão que eu sou uma carente, sem amigos, e louca pra dividir meus medos e inseguranças com o mundo. Não é bem assim, juro. Serei menos "aberta". rs.
Hoje eu caminhei sem rumo algum pela minha escola, terminei de arrumar meu narguile (arguile, shisha, hooka, chame como quiser), - é, eu levo meu narguile pra escola, se vocês estudassem onde eu estudo, vocês entenderiam, minha escola é praticamente um clube de campo, juro, é o sonho de qualquer pessoa que ama e sabe dar valor à liberdade com responsabilidade -, eu estava andando, eu tinha um rumo certo, estava mecanicamente ligada à ele, como um ímã. Mas parecia que eu não era eu, não era a pessoa que caminhava, não via a rua que se perdia sob os meus pés, parecia que eu era uma pessoa de fora, olhando pra mim, como se estivesse do meu lado, acompanhando a minha caminhada, prestando atenção e calculando cada passo, pensando e produzindo um texto na minha cabeça... Eu sempre faço isso.
Andei, procurando um motivo, uma razão, pensando em mil coisas, pensando em nada, perdi o rumo, mudei de direção, sempre com o mesmo objetivo. Cheguei nele sem qualquer expressão no rosto, não sabia o que falar, não sabia o que estava fazendo.
Em alguns momentos, eu não sei o que falar, as vezes eu queria poder chorar ao invés de falar, antigamente eu o faria, mas percebi que eu cresci. Cresci à ponto de ter que aguentar palavras com a força de um soco na boca do meu estômago. Tive que aprender à lidar com as situações mais adversas sem derramar uma lágrima, tive que aprender a me virar sozinha, a ser menos sentimentalista, afinal, as pessoas quando percebem que se é "mole" demais, as pessoas acham que você é uma espécie de tapete, e colocam você maravilhosamente no centro da vida delas, pra que elas possam mostrar você às pessoas, para que pisem no maravilhoso tapete dela.
Cada rumo que se toma na vida, pra cada decisão que se tem que tomar, há uma consequência. Eu já tomei muitas decisões equivocadas, tive que aprender, algumas vezes da pior maneira, a vida não foi nada justa comigo em alguns pontos, eu não fui justa comigo em muitos aspectos. Me prejudiquei, me magoei, me deteriorei por dentro e por fora, e querendo ou não, a culpa não deixa e nunca deixou de ser minha.
Eu me guiei para o que sou hoje. Eu trilhei meus passos, eu fiz o meu caminho, eu, ninguém mais, ninguém menos. Se eu possuo, sou, faço, hoje, é algo do qual eu levei dezessete anos para moldar, formular, colocar em prática. Ainda estou esculpindo aquilo que quero/gostaria de ser. Não sei quais caminhos eu seguirei agora, ainda estou aprendendo com certa dificuldade a dar um passo de cada vez, nenhum maior que minha própria perna.
Aprendi que deixar as coisas acontecerem naturalmente, seguirem o seu fluxo natural, é sempre uma boa escolha. Aprendi que não se deve sofrer demais por alguém que você "mal" conhece, se você sofre por essa pessoa, é porque ela realmente não vale a pena.
Hoje eu li dois livros completamente opostos quanto ao assunto, mas igualmente interessantes (cada qual, com sua área), são eles:
A Marca de Uma Lágrima - Pedro Bandeira
O Doce Veneno do Escorpião - Raquel Pacheco (Bruna S.)
"A Marca de uma lágrima", é doce, é amor, me vejo completamente na protagonista da história. Me sinto Isabel. Mais do que qualquer pessoa jamais poderia entender.
Já "O Doce Veneno do Escorpião", eu li, mais por curiosidade, e acaba por aqui. rs
Mas citando uma parte que tem no livro: "O Doce Veneno do Escorpião", eu me despeço de vocês:
"Ao perder a ti, tu e eu perdemos
Eu porque tu eras a que eu mais amava
E tu, porque eu era o que te amava mais
Contudo, de nós dois, tu perdeste mais do que eu
Porque eu poderei amar outras como amava a ti
Mas a ti não te amarão como te amei eu"
(Ernesto Gardenal- Poeta nicaraguense )
Boa noite.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário