segunda-feira, 30 de julho de 2007

Eu vejo.

Eu vejo os dias passando pelo calendário na minha cartela de pílulas.
É como, se a cada manhã, num movimento automático, eu engolisse com um gole de água, o dia anterior, sentindo novamente todos os sabores vividos.
Um pequeno ritual íntimo, simbólico demais, e que eu nunca tinha parado para pensar até então.

Minha vida mudou. Hoje eu me olho no espelho, e penso:
"-Não, eu não posso ter 17 anos! Impossível!".
Mas aí então, eu relembro algumas passagens da minha vida, os 2 últimos anos, e penso novamente:
"-Mas sinto como se já tivesse 22!".

Aquele pequeno pedaço amarelo de hormônio, que fica ambalado por um dia da semana, quando é destacado dos demais da cartela/calendário, é observado pelos meus olhos atentos como se fosse um álbum de fotos, uma TV, com um DVD acoplado, passando o dia anterior como em um trailer de cinema.
As vezes o gosto desce amargo, as vezes salgado pelas lágrimas, algumas vezes desce azedo pelos desgostos, mas ultimamente, têm descido de forma doce, suave, como se fossem docinhos de festa.

E além de serem remédios, são as minhas contas de dias, as provas de que o sol nasceu, se pôs, mesmo que eu tenho assistido ao espetáculo de vê-lo nascendo na manhã que passou.
Eu sempre me agarrei a figurativos para explicar meus sonhos, minha vida, minha rotina.

E que a cartelinha verde, com algumas abreviações de dias da semana escritos minúsculamente em seu topo, que me acompanha pelas manhãs, tenha sempre, junto com um gole de água, mais pílulas de lembranças boas , e que delas, só extraia as coisas boas.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

...

Coloque uma roupa. Uma roupa qualquer, escolha com os seus olhos fechados se achar melhor. Encha uma cesta com algumas guloseimas, muito carboidrato, muita coisa saborosa.
Coloque dentro de um isopor, desses de levar para acampamentos, bebidas. Dentre elas, coloque uma garrafa de cerveja, bem gelada. O resto, você pode escolher.
Chegue de carro, de ônibus, não me importa.
Bata na minha porta, toque minha campainha, qualquer coisa que faça eu ir atendê-lo serve.
Abra um sorriso, porque acredite, eu vou abrir um sorriso mágico. Jogue as cestas no chão e acate o meu abraço caloroso. Eu vou querer ser muito abraçada.
Após um tempo de silêncio, eu estarei chocada, estasiada, então você terá que pedir pra que eu convide você para entrar. Eu vou fazê-lo, com um sorriso cada vez mais encantador e infantil nos lábios.
Vou pedir pra você se sentar, e vou esperar você propor um passeio.
Após aceitar seu convite, eu vou pedir licensa, pedir que você fique à vontade e vou anunciar minha ida ao banho.
Durante a ducha, vou entrar em transe, hipnose, vou tentar imaginar o porque de merecer essa visita e vou desejar com todas as minhas forças que tudo saia simplesmente perfeito.
Vou colocar uma roupa bonita, que combine com a sua, vou passar um perfume doce e marcante, colocarei sapatos confortáveis, sem jamais tirar ou diminuir o sorriso do rosto.
Sairemos, como bons amigos, conversaremos sobre coisas fúteis, sobre coisas importantes, viveremos novamente dias que fomos felizes, que demos risada, que dividimos.
Comeremos as bobagens, tomaremos as suas escolhas, que não serão nada más. E eu ficarei demasiadamente feliz quando ver que a cerveja que você trouxe é a minha preferida. E ainda ficarei mais feliz porque você vai dizer: - eu sei que é a sua preferida!
O vento estará batendo no nosso rosto, o dia estará lindo.
E depois de guardarmos tudo no carro, eu lhe ofereço uma goma de mascar, e nós andamos sem rumo, falando coisas que não têm importância, coisas ligeiramente nostálgicas.
Você então, faz a parte que eu mais gosto. Para do meu lado, e senta e me puxa pela mão.
Eu sento ao seu lado e sinto uma brisa quente, uma felicidade maior que tudo.
Você fala comigo penetrando os seus olhos nos meus e me segurando as mãos. Eu me perco nos seus olhos e por um instante não entendo nada do que você está falando.
Só sinto minhas bochechas salpicarem de uma or avermelhada, e inflamarem, quando sinto sua boa vindo de encontro à minha.
Eu fecho os olhos e é como se toda a felicidade do mundo penetrasse cada milímetro do meu corpo, como se me completassem, fazendo uma nova camada, um novo interior.
A energia flui, e pelos seus lábios e por suas mãos é como se eu trocasse uma energia maravilhosa com você!
Perfeito!
Minhas bochechas logo vão voltando à sua pigmentação original. Meu sorriso, esse sim, só cresce. Não sei o que falar, faltam palavras na verdade. Mas sobra, sobra muita felicidade.
Você levanta, diz que não gostaria, mas que precisa ir. Me leva em casa, diz que vai ligar, me dá mais um beijo doce, olha novamente nos meus olhos como quem quer fazer uma troca do tipo: "me dá um pouco de você pra eu levar comigo, e eu deixo um pouco de mim pra você".
E eu estarei disposta a dar todos os meus pedaços à você.
Eu te amarei.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Olha o tempo

Olha o tempo correndo por entre nossas vidas... Tão cheias e tão vazias.
O tempo que passa, uma hora, um dia, uma semana, um mês, UM ANO.

Hoje, é dia de um ano.
Um ano de amor que eu sei que ajudei a construir. Duas vidas que se encontraram e que se completaram de tal maneira formidável, que eu nem sei explicar.
Dois amigos dos quais eu desejo e luto pela felicidade.

Mas o tempo, esse sim... Prega peças.
Eu nasci. E como se tivesse piscado, eu já estava na escolinha, com 7 anos.
Não lembro de praticamente nada, é como se fosse sequelada desde cedo, rs.

Quarta, quinta série, muitas mudanças, chegar na oitava série seria como atingir o grau máximo. E nem foi lá aquelas coisas.
Primeiro ano, dificuldades, repeti...
Segundo primeiro ano, o melhor da minha vida.
Muita gente, muita coisa nova, muitas experiências inesquecíveis, festa todos os dias, delícia de vida basicamente.

E eu cresci, mudei, drasticamente, assim como já era de se esperar.
Minha essência sempre foi a mesma, sempre tentei manter minhas bases, criar raízes, ser o que sempre fui...
Mas evoluí, acho que me tornei e continuo me tornando uma pessoa melhor... Talvez seja só pretensão.

O tempo é o onipotente, oniciente, onipresente. Tudo gira em torno dele, tudo é composto do tempo.
As vezes tão cruel, as vezes tão companheiro.
O relógio que você adianta pra não perder a hora, o que você atrasa pra achar que tudo passa mais rápido...

E agora eu vou dormir, porque o tempo tá passando e eu preciso acordar cedo amanhã.
rs.

domingo, 11 de março de 2007

Transferência completa!

Fiz a mudança de pra cá!
Passei meus textos pro "piscantes". Espero que se, tiverem paciência, leiam todos e que gostem deles.
São textos muito particulares meus. Se amigos meus lessem-os, certamente não precisariam pensar muito pra decifrarem tudo o que está contido neles (sobre quem estou falando, quais são as situações, etc).
Eu tenho esse "mal". Eu não consigo maquiar muito a verdade. Preciso vomitar algumas coisas que ficam dentro de mim de tempos em tempos. E eu escolho vomitá-las nesse meu querido baldão que eu chamo de blog. rs.

Alguns textos eu "re"formatei, arrumei as frases, editei os parágrafos, só pra não ficar algo muito infantil e corrido... Mas acabei perdendo a vontade de apagar e escrever letras com o caps lock ligado... rs. E acabei deixando os textos como eu os tirei do meu outro blog.

Encerro, com esse post, tudo o que me liga ao 'pensei'. Foi bom tê-lo, mesmo que tenha sido por pouco tempo. Agora é o piscantes mesmo, e vamos em frente.

Boa tarde!

VII

Sopa de Letras

Acho, que se eu te desse mais espaço, você faria o que eu faço, e diria o que eu falo: eu te amo.
Nesse seu cabelo que ocupa espaço, eu me acho, como que perdida em meus próprios passos, e me vidro nesses seus olhos opacos, cheios de calor.
Porque você acordou? Mais paraíso que olhar você dormir, é o que se tornou, virar e ver ao meu lado o maior esboço da felicidade e forma de amor.
Hipnoticamente tateio seu rosto, como quem procura com esforço, uma maneira de desatar esse enrosco maravilhoso que é você.
Me encontro perdida na profundidade da sua alma, que me invade sem um teor mínimo de calma, devasta, alastra, e me acaba.
Aonde você costumava deitar, agora ficam os lençóis frios, cheios de você, seu cheiro jamais se foi, é como se penetrassem e invadissem os meus sentidos.
Vago dentro de mim mesma procurando um pouco do que restou, algo que você não levou.
Não diga jamais que isso é pra sempre, o pra sempre é muito tempo, não sei se conigo viver sem você por um sento de minutos, quanto mais uma vida inteira.
Embora eu entenda, você se foi, nunca se esqueça que quem ficou, jamais lhe esquecerá, e quem sabe, jamais dormirá.
Pois de que vale um sono tranquilo, quando se acorda sem seu anjo de cabelos macios e olhos opacos?
P'ra que dormir se acordarei sem minhas mãos frenéticas à procura da sua molar fervente, do seu rosto quente, da sua pele e mente?
Pesadelos, não mais que pesadelos, acordarei sempre ao teu lado, e lhe darei um beijo molhado, onde lhe traduzo todo esse sentimento guardado, que nem sei explicar.
E conversarei com seus fios finos, meus amantes escondidos, meus ouvintes mais assíduos, meus amigos mais queridos.
Seus pedaços do céu, que você insiste em chamar de olhos, abrirão e eu me derreterei como mel.
E, embora já seja hora, eu direi pra você voltar à dormir pra eu ficar, como agora, apreciando sua aura.
Descansando meus olhos no infinito da sua beleza, sentindo no fundo de mim uma certa tristeza em ter que acordá-lo com minha falta de destreza.
Acorda querido, pra mais tarde voltar pra dormir comigo, e pra sempre será assim, é nosso destino.

VI

Sem Paciência!

Sabe quando você sente que chegou mesmo a hora de dizer: -Chega! Acabou a brincadeira, agora é pra valer.
Cansei de brincar, de me dar demais, de ser o meu máximo pra muitas vezes receber só o mínimo.
Preciso ser mais responsável, mas estudiosa, mais aplicada, um pouco menos sensível, menos 'tola', menos ingênua, me entregar bem menos.
Cansei de doar tudo o que eu tenho e o que eu arranjo dentro de mim, sem receber nada em troca.
Cansei de demonstrar tudo o que eu sinto e ser cada vez mais pisada.
Cansei de ser vista só pela aparência, sem que calulem o que eu ofereço por dentro.
Cansei de tudo.
Cansei de ser feita de palhaça, de todas as idéias pré e mal-julgadas que fazem de mim.
Perdi a paciência de uma vez por todas. Até a que eu tinha comigo mesma, que me prometi tantas vezes que mudaria e nada feito.

Cansei dessa vida desajustada, de tudo o que eu não gosto reunido em mim, cansei da minha falta de responsabilidade e de comprometimento que eu (não) tenho de mim, parar mim mesma.
A partir de hoje, entra em cena uma nova "eu", cheia de obrigações e disposta a fazer do meu futuro, tudo aquilo que eu sempre quis que nele estivesse.

V

.vou viver ...
sem me preocupar mais com você, ou com suas atitudes.
que me deixam tão descontente e descrente na felicidade.
porque tanto egoísmo? porque tanta falta de saber-o-que-quer?
a vida é simples.
você trata algumas pessoas om mais carinho, e outras, você não faz muita questão de ter por perto.
pra mim é assim.
as vezes eu só queria entender...
entender o sentido de tudo.
então eu penso, penso, fico filosofando horas, criticando meus próprios pensamentos, corrigindo minhas teses, minhas hipóteses, criando exemplos, consertando, e...? nada!
é tudo tão difícil de entender... tudo o que vem de você é praticamente indecifrável.
haha! as vezes é engraçado também.
o jeito como você brinca com as palavras, ou mesmo com a sua boca.
é engraçado o jeito como você consegue prender toda a minha atenção em você, um dia inteiro, uma semana completa... mas na verdade, não é tão engraçado assim... é desesperador.
esse seu jeito todo... seu!... todo cheio de coisas e de gestos.
não sei como é tão fácil chorar ouvindo uma música, pensando em alguns momentos, ou remontando as cenas mais bonitas.
é tudo tão simples e eu consigo complicar da pior maneira.
eu merecia um pouco mais de você.
eu merecia o mínimo.
mas parece que nem isso você tem mais pra me oferecer. nada de sonhos, nada de dias bonitos ou de frases boas... nada de olhares cheios de palavras, nada de palavras cheias de sabores, nada de sabores cheios de lembranças.
nada mais restou.
nem mesmo o mais primitivo. a amizade.
se eu soubesse que a sua inconstância era pior que a minha, eu jamais teria mentido naquela quarta-feira onde o sol brilhava só em cima de nós.
eu nunca teria omitido alguns fatos. até porque... você é inconstante, certo?
eu também. nada mudaria. não quero ter que sentar debaixo do sol, falar tudo o que eu quero e te perder. pra sempre.
porque esse mísero pedaço que eu tenho de você, ainda alimenta a felicidade que só você me traz.
as vezes eu te odeio por saber me fazer tão bem.
porque o tempo curou algumas coisas que eu queria ter curado. mas trouxe algumas coisas que eu jamais queria que tivessem surgido.
eu odeio esse tempo!
ahh! que idiotice, essa coisa efêmera, que me traz cada vez mais dor, e que me afasta cada vez mais da verdade.

algumas coisas em você são essenciais para mim.
não deixe esse brilho bonito sumir dos seus olhos, não perca a importância que você tem perante à mim.
eu estarei esperando.

...


[ e eu aprendi que nada é em vão. o mundo realmente dá voltas. ]

IV

Escreva uma história de amor.

Escreva uma história de amor.
Cheia de contratempos, de lágrimas...
Cheia de súplicas apaixonadas, traições, arrependimentos, planos loucos, cheia de verdades, de sabores, de emoções.

As vezes parece que o coração está deitado sobre mil agulhas pontiagudas, sedentas por sangue, por dor. e mesmo assim, não sinto nada.
Acho que pela sobra de dor que já senti, as vezes até fico um pouco imune. mas por fora...
Por dentro é mais uma agulhinha que perfura um pedacinho do meu coração. E eu acho que quando todas elas estiverem afundadas no meio desse músculo doido, formando uma imagem bonitinha, agulhas de pontas coloridas, todas afundadas bem aqui no meio, talvez eu morra.
E eu pare de pensar nessa algazarra que se passa dentro da minha cabeça.
As vezes seria bom não pensar.
Acho que ainda serei capaz de sentar na beirada do abismo imaginário que é essa minha vida, e sentir a calmaria acariciar meu rosto...
Eu veria o pôr-do-sol, sentiria um tremendo medo de cair e bater com a cabeça numa pedra que está a 40 metros abaixo, e morrer... Sem estar com o coração todo perfurado... Assim como um mural de fotos.
Talvez seja assim. Cada desilução, eu penduro mais uma foto no meu coração, toda enfeitada, cheia de purpurina, alfinetes coloridos e muita "tinta" vermelha pra alegrar a tela.
As vezes ao andar na rua eu queria parar, agarrar sua mão, mandar você nunca me deixar...
Aaaiii... cadê você?!
Dói tanto essa falta de você.
Essa falta do que eu nunca tive.
Queria tanto pegar as palavras que você sussura no meu ouvido e guardar na minha caixinha de jóias tão fosca, sem luz, sem brilho. Sem o brilho das coisa que você balbucia pra mim. Sem o brilho profundo, emudecedor, cegante, ensurdecedor dos seus olhos. se você soubesse como seus olhos tem força!
E parece que você fica cada vez mais distante, mas está cada vez mais perto.
Cinco, dez, doze, quinze metros... Meu Deus! Segura minha mão... NÃO! Não cai.
Fica por perto. Nnão me deixe aqui!
Prova tudo o que eu tenho pra te oferecer.
Me tira do lado dessas pedras de gelo, desse barulho irritante de bolhas de ar estourando com o calor do dia.
Me tira desse tédio ocioso, me beija e ah! eu te mostro o caminho certo.
Tentar nunca foi demais. As melhores aventuras são vividas depois que tentamos ser felizes.
E eu só quero mais um dia de vida.
Mais um dia ao seu lado.
Seja como for.

...

[eu realmente gosto desse texto]

sábado, 10 de março de 2007

III

Eu dava!

Ei garota, levanta essa cabeça, para de pensar que você daria tudo o que tem pra que todas essas mensagens cheias de promessas fortes, de desejos incontroláveis, e vontades audaciosas, fossem todas para você!
Contente-se em apreciar os olhos sem que você queira que eles olhem para os seus e de alguma maneira, descubram tudo o que há dentro de você...
Isso não vai acontecer, muito menos se você pensa que ao perceber que o que há em você, é tudo o que mais bonito essa pessoa jamais poderia imaginar, que sua vontade de fazê-la feliz, é maior do que sua vontade de respirar.
Ei garota! Já passamos tantas vezes por isso, não é mesmo?
Você insiste em planejamentos sem futuro, em investir nos seus sonhos sem fundamentos, sem chance alguma de chegarem à realidade.
A gente já conversou tanto sobre isso, não é mesmo?
Nós tinhamos prometido uma pra outra, que jamais teriamos uma recaída, que jamais sentiriamos ciúmes do que não é nosso... Não pensa assim!
Segue sua vida, sempre sorridente...
Parabéns, você finge como uma filha-da-mãe! Perfeito, com esse sorriso nos lábios, sua aparência sempre corada, de quem sempre tem algo de bom para se contentar no final do dia...
Pura bobagem! Eu daria mesmo tudo, pra que você descobrisse que eu queria você. Pelo menos por um dia, pra te mostrar o infinito de coisas que eu seria capaz de proporcionar pra nós. Besteira! Toma esse negócio verde, fuma esse sabor de fruta, fica feliz com quem te rodeia, e o resto? Você faz como sempre: finge que está tudo ma-ra-vi-lho-so! você faz isso como ninguém, mulher!

II

Sinto... e muito!

Eu cansei. De não poder... Tocar um sentimento.
Essa coisa inerte, que perfura meu peito. Que dói de verdade. E eu já nem sei se é isso, ou aquilo... Ai, como eu queria poder segurar o amor na minha mão, poder chacoalhar ele... Jogar pra cima, pegar de volta, beijar, bater muito nele algumas vezes...
Eu juro que queria pegar a raiva e esconder pra sempre. Num lugar que eu faria questão de esquecer, faria questão de nunca querer lembrar. Queria pegar a dúvida, e ahhh... Quebrar em mil pedaços e soprar ao vento sul do oceano.
E então, sem qualquer aviso ou notificação, eu pegaria no seu rosto, penetraria todos os seus pensamentos com o meu olhar e te beijaria com toda a minha vontade abafada.
Eu queria que você visse como seus olhos me hipnotizam, ou a força que suas palavras têm quando arrebatam os meus tímpanos.
Eu queria que você ouvisse os meus pensamentos, lesse meus sonhos... Quem sabe assim, você não me veria de outra maneira.
Eu queria pegar isso que eu sinto por você na minha mão. uma única vez... Esfregar na sua cara, fazer você sentir todo esse medo que eu sinto quando eu te vejo, toda essa vontade de te envolver nos meus braços, enlaçar seu corpo, juntar você à mim e ficar ali, por uma pequena eternidade, um infinito de tempo só nosso...
Eu queria que você me amasse o tanto que te amei em tempos durante um único dia. e toda essa agonia que me consome.
Ahh! Eu queria também, sabe o quê? Realizar essa cena... Meus cabelos ao vento, você no meu ouvido, não sei por qual motivo, mas eu estou chorando... Aí então você olha fundo nos meus olhos e diz algo que eu detesto.
Eu saio xingando tudo o que for possível, você me puxa e vagarosamente leva seus lábios aos meus. e eu sinto o seu perfume que paira no ar. Que dança brincando com o meu cabelo, fazendo cócegas no meu nariz.
E então eu penso no quanto eu te amo. Ou no quanto eu te odeio. E as lágrimas rolam soltas, livres, sem pensar em mais nada, eu só quero esse momento, parar o relógio do mundo e só funcionaria eu, você, o vento, e a música...
Mas tudo não passa de um delírio... Uma vontade sem precendentes... O que me resta é olhar através da janela, observar a lua que brilha toda imponente... Fazer, refazer, consertar todas as cenas que não vão acontcer, torcer pra tudo mudar no dia seguinte. Mas quando o dia seguinte chega, nada é diferente, além do meu desejo, que só cresce.
Agora? só me resta esperar... A famosa volta do mundo. porque ele? ele tá no 359º grau. o penúltimo.

I

"Eu girei a roleta, eu joguei os dados pro alto, a moeda, tirei os palitinhos. A sorte nada mais é que a nossa pura vontade reunida num só desejo: fazer acontecer!"

Gira em torno de... ?

Eu não sei como foi... Não sei o porquê.
E na verdade, nem me interessa saber... Só sei que eu vivo em função de certas coisas, que as vezes não fazem o menor sentido pra você.
Seja acordar com uma mensagem no celular, andar de mãos dadas, rir até a boca doer, olhar nos olhos, ouvir certas coisas que eu quero. Sentir prazer em escrever uma carta, receber um elogio, um beijo, um convite inesperado.
O que faz seu mundo girar?
Meu mundo gira, agora, em torno de tudo o que eu quero em segredo, dentro de mim.
Cansei de espalhar aos quatro cantos do mundo as minhas vontades, tentando de alguma forma, trazê-las mais pra perto da realidade. na verdade, descobri que "deixar as coisas acontecerem", "viver a vida", são coisas que funcionam de verdade. Ou pelo menos nos dão a ilusão de que à partir do momento em que fazemos isso, as coisas começam a acontecer.
Sei lá quando, ou porquê, eu resolvi deixar o mundo girar, e nem foi preciso um ano pra ele dar sua volta completa. Trezentos e sessenta graus completos, cronometrados, aguardados e anciados por mim.
Eu deixo aqui, escrito a minha vontade expressa de ser feliz... Eu quero todas as formas de felicidade, quero todas as pessoas que possam me ajudar a ser feliz ao meu redor, quero fazer VOCÊ feliz, quero tentar...
Aceito suas propostas, aguardo alguma resposta. eu quero tentar. a gente podia tentar. a vida é curta demais pra ter tanta oportunidade disperdiçada. muito.

Mudei!

Calminha aí!
Não mudei denovo, só estou avisando que eu mudei definitivamente para cá.
Acho que então, vou fazer como fiz no meu antigo blog e passar as minhas maluquices digitadas para este blog aqui.
Achei-o mais simpático, mais fácil e eu perdi um pouco a vontade de fazer layouts e etc...
Quero mais rapidez e algo mais prático... Enfim...
Vou fazer uma sessão, numerada à "romanos", alguns textos antigos que estavam no "pensei.blogger" e alguns que estavam em um fotolog que eu tinha, só para textos, pensamentos, o "/feel_fine" vou desativar o blog antigo assim como já fiz com o fotolog.
Ok, ok, chega de explicações, não é mesmo?

Com vocês, eu deixo um pedaço de mim, das minhas loucuras momentâneas, dos meus desejos, pedaços da minha alma praticamente.
boa noite, bom divertimento.

terça-feira, 6 de março de 2007

Sem rumo

Eu odeio mudar de humor de uma hora pra outra, assim, "do nada"!
É como se eu fosse desequilibrada, como se não tivesse bases concretas, se eu não tenho oder sobre meus sentimentos, como terei controle da minha vida? Isso me deixa com uma mudança de humor repentino ainda mais brutal.
Eu odeio ainda mais sentir ciúmes, na verdade é isso que (nesse caso), me levou a mudar repentinamente de humor. Mas isso não é assunto pra agora, não quero contar segredos e abrir minha vida logo no meu segundo post neste blog, vocês acharão que eu sou uma carente, sem amigos, e louca pra dividir meus medos e inseguranças com o mundo. Não é bem assim, juro. Serei menos "aberta". rs.

Hoje eu caminhei sem rumo algum pela minha escola, terminei de arrumar meu narguile (arguile, shisha, hooka, chame como quiser), - é, eu levo meu narguile pra escola, se vocês estudassem onde eu estudo, vocês entenderiam, minha escola é praticamente um clube de campo, juro, é o sonho de qualquer pessoa que ama e sabe dar valor à liberdade com responsabilidade -, eu estava andando, eu tinha um rumo certo, estava mecanicamente ligada à ele, como um ímã. Mas parecia que eu não era eu, não era a pessoa que caminhava, não via a rua que se perdia sob os meus pés, parecia que eu era uma pessoa de fora, olhando pra mim, como se estivesse do meu lado, acompanhando a minha caminhada, prestando atenção e calculando cada passo, pensando e produzindo um texto na minha cabeça... Eu sempre faço isso.
Andei, procurando um motivo, uma razão, pensando em mil coisas, pensando em nada, perdi o rumo, mudei de direção, sempre com o mesmo objetivo. Cheguei nele sem qualquer expressão no rosto, não sabia o que falar, não sabia o que estava fazendo.
Em alguns momentos, eu não sei o que falar, as vezes eu queria poder chorar ao invés de falar, antigamente eu o faria, mas percebi que eu cresci. Cresci à ponto de ter que aguentar palavras com a força de um soco na boca do meu estômago. Tive que aprender à lidar com as situações mais adversas sem derramar uma lágrima, tive que aprender a me virar sozinha, a ser menos sentimentalista, afinal, as pessoas quando percebem que se é "mole" demais, as pessoas acham que você é uma espécie de tapete, e colocam você maravilhosamente no centro da vida delas, pra que elas possam mostrar você às pessoas, para que pisem no maravilhoso tapete dela.

Cada rumo que se toma na vida, pra cada decisão que se tem que tomar, há uma consequência. Eu já tomei muitas decisões equivocadas, tive que aprender, algumas vezes da pior maneira, a vida não foi nada justa comigo em alguns pontos, eu não fui justa comigo em muitos aspectos. Me prejudiquei, me magoei, me deteriorei por dentro e por fora, e querendo ou não, a culpa não deixa e nunca deixou de ser minha.

Eu me guiei para o que sou hoje. Eu trilhei meus passos, eu fiz o meu caminho, eu, ninguém mais, ninguém menos. Se eu possuo, sou, faço, hoje, é algo do qual eu levei dezessete anos para moldar, formular, colocar em prática. Ainda estou esculpindo aquilo que quero/gostaria de ser. Não sei quais caminhos eu seguirei agora, ainda estou aprendendo com certa dificuldade a dar um passo de cada vez, nenhum maior que minha própria perna.

Aprendi que deixar as coisas acontecerem naturalmente, seguirem o seu fluxo natural, é sempre uma boa escolha. Aprendi que não se deve sofrer demais por alguém que você "mal" conhece, se você sofre por essa pessoa, é porque ela realmente não vale a pena.

Hoje eu li dois livros completamente opostos quanto ao assunto, mas igualmente interessantes (cada qual, com sua área), são eles:
A Marca de Uma Lágrima - Pedro Bandeira
O Doce Veneno do Escorpião - Raquel Pacheco (Bruna S.)

"A Marca de uma lágrima", é doce, é amor, me vejo completamente na protagonista da história. Me sinto Isabel. Mais do que qualquer pessoa jamais poderia entender.

Já "O Doce Veneno do Escorpião", eu li, mais por curiosidade, e acaba por aqui. rs

Mas citando uma parte que tem no livro: "O Doce Veneno do Escorpião", eu me despeço de vocês:

"Ao perder a ti, tu e eu perdemos
Eu porque tu eras a que eu mais amava
E tu, porque eu era o que te amava mais
Contudo, de nós dois, tu perdeste mais do que eu
Porque eu poderei amar outras como amava a ti
Mas a ti não te amarão como te amei eu
"
(Ernesto Gardenal- Poeta nicaraguense )

Boa noite.

sábado, 3 de março de 2007

Começo

Eu já estava indo pro meu antigo (será que já é antigo, será que eu já desisti dele? ainda tenho que pensar nisso...) blog: www.pensei.blogger.com.br até tentei colocar "pensei" denovo, mas já não estava mais disponível... Tudo ok.

Quem me meteu nessa foi a Lila: www.lifeimpress.blogspot.com acho que ela me chamou pra postar no blog dela e eu acabei criando esta conta. Não ligo muito, porque adicta à postagens cheinhas de caracteres do jeito que eu sou, nada melhor do que ter um blog, ou melhor, dois blogs, sejam quantos forem, eu tento dar conta.

Nem vou contar porque coloquei piscantes como o endereço do meu blog, mas então, vamos inventar uma história?
Bom, piscantes... Derivam de todas as estrelas que piscam diante dos meus olhos, e que me fazem morrer de vontade de dedilhar esse teclado barulhento e jogar pra fora de mim todos os meus sentimentos em forma de palavras, já que não tenho como criar um blog auditivo/visual, afinal, aqui não é o youtube.

Meu nome é Deborah (sem acento no E e com H depois do A, por favor, nunca se esqueçam disso, ok? rs), mas pode me chamar de Deh. Sou uma sentimentalóide sem cura, sou avoada, sonhadora, sou uma verdadeira pisciana. Adoro deixar tudo pra depois, mesmo sabendo que me arrependerei, tenho uma paixão incontrolável por narguile e pela minha "sobrinha" Lara.
Me dôo até o último fio de cabelo, choro sem dó de nada, tenho pés no chão (lgumas vezes), adoro caminhar, sair, e ficar olhando fixamente pra pessoas. Gosto de sol, de praia, e de tudo que está dentro disso... Amo meus amigos com força inexplicável, e minha família também.

Bem, agora vou pregar meu mural na parede!
Beijos gente, até uma próxima!

www.pensei.blogger.com.br